Por: Adriano Chemin, vice-presidente sênior de Technology Transformation (ERP, HCM, SCM), Oracle para a América Latina.
A transformação
digital de qualquer empresa começa com a necessidade de fazer a pergunta
mais simples de todas: o que os outros estão fazendo e eu não? Mas ao
pensar que a tecnologia deve ser o próximo passo dessa
transformação, surgem mais perguntas do que respostas.
É importante
voltar às bases, pois estamos rodeados constantemente por uma avalanche
de informações, muita inovação, além da internet e redes sociais, e não
podemos perder o foco daquilo que é essencial. Para adotar
novas tecnologias de forma mais eficiente, os primeiros passos são os
mais cruciais. Em especial quando uma mudança tão profunda, como a
chegada de sistemas de gestão empresariais (ERP) na nuvem começa a
quebrar antigos paradigmas.
É preciso antes
de tudo entender que a ideia de integrar em um único sistema todos os
processos de negócios era visto como algo impossível para as companhias
de pequeno e médio portes. Mas a evolução da tecnologia
chegou a um ponto que isso não só é possível, mas também extremamente
eficiente, se segurimos alguns caminhos iniciais.
Migrar para uma
nuvem ERP não é um tema simples. Os gestores devem ter uma boa visão das
suas necessidades para buscar diferentes opções e estabelecer uma
estratégia sólida. Estar na nuvem simplesmente não é mais
uma opção, é cada vez mais relevante entender como uma empresa pode
migrar. E isso se dá com três passos essenciais:
1.
Compreender desde o começo o valor da nuvem para a empresa
Muitas empresas
pensam que a nuvem só serve para reduzir custos e não investem o tempo
necessário para comparar os processos tradicionais com os benefícios
inerentes de uma estrutura em cloud que é flexível por natureza.
É importante também entender tudo que a migração incorpora. Assim,
antes de migrar, é indispensável ter em mente o modelo de negócio e como
a nuvem pode adaptar às necessidades da empresa.
Com uma visão
completa do projeto, a implementação não somente é mais ágil e se traduz
em retorno sobre o investimento muito rapidamente, como também a
empresa terá mais facilidade em mensurar os benefícios e angariar
a adesão dos colaboradores ao novo modelo.
2.
Adotar um enfoque gradual e repetitivo para a implementação da nuvem
Uma das grandes
vantagens da nuvem é que o modelo evita a instalação de softwares
adicionais, o que simplifica bastante a mudança. Mas é importante
realizar testes e comparações com os processos tradicionais e realizar
a transição aos poucos, de maneira segura e controlada. Isso ajuda a
garantir a continuidade dos negócios e a eficiência operacional. Vale
lembrar também que, em uma implementação de nuvem, os provedores
continuam melhorando os seus sistemas, eliminando quase
por completo a necessidade de espera pelo próximo ciclo de lançamentos e
atualizações para realizar melhorias.
3.
Deve-se começar com a configuração, e não com a personalização
Para se manter um
passo à frente, é necessário ter um diferencial que dá às empresas uma
vantagem competitiva em termos de produtividade, eficácia e configuração
de processos. Uma solução ERP Cloud pode facilitar
essa distinção, e as empresas podem fazê-lo através de um provedor de
nuvem que permite configurar o ambiente com a certeza de que as
configurações podem ser atualizadas, ou até mesmo trabalhar em estreita
colaboração com um parceiro de implementação para
compreender as vantagens disponíveis no sistema e como ele pode
fornecer os relatórios e análises que o gestor precisa.
Podemos dizer que
a nuvem se identifica mais com a configuração do que com a
personalização. E, devido ao fato de que podemos realizar poucas
mudanças no sistema, os processos de negócios tendem a se padronizar e
otimizar, gerando melhoras na produtividade e maior eficiência.
Finalmente, toda
mudança requer um o apoio de um parceiro ou equipe totalmente focada na
nova fase da empresa. A transformação digital vai além da migração para
mudar os sistemas, é uma evolução empresarial que envolve
cada um dos colaboradores para uma mudança, não só de processos, mas
também de cultura.
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