De acordo com o CIO do grupo,uma das peculiaridades do projeto, que deve ser encerrado no final de 2011, é o fato dele não prever qualquer tipo de customização no sistema
Tatiana Americano, da CIO Brasil
Publicada em 15 de outubro de 2009 às 08h05
Em abril deste ano, a Odebrecht - conglomerado brasileiro que atua nas áreas de construção, engenharia, química e petroquímica - iniciou a implementação de um novo sistema de gestão empresarial (ERP) e que, em dois anos, deve funcionar em todas as empresas do grupo, que opera em 20 países. O CIO da empresa, João Cumerlato, afirma que o projeto nasceu de uma demanda de negócios da corporação. "O ERP antigo, que tinha sido desenvolvido internamente pela companhia há mais de 20 anos, já não suportava nossas operações, que crescem a uma taxa de 26% ao ano, desde 2000", afirma Cumerlato.
Ele acrescenta que a solução também não atendia às necessidades das áreas internacionais da corporação - que hoje representam cerca de 70% das receitas do grupo.Detectada essa necessidade, em 2007, a empresa iniciou um processo de análise das melhores alternativas para a modernização do sistema de gestão. Para tanto, 250 pessoas de diversas áreas de negócio foram convidadas a avaliar quais das plataformas oferecidas no mercado atenderiam melhor as necessidades específicas da companhia. "A TI não teve participação na escolha, apenas serviu como facilitador e direcionou o processo", conta o CIO.
Ele ainda detalha que, sete meses depois, a Odebrecht optou pela implementação da plataforma fornecida pela Oracle, mas complementada por aplicações específicas oferecidas por outras empresas. "Escolhemos a Mastersaf para a parte de impostos, a XRT para tesouraria e a Softway para o sistema de importação e exportação", explica o executivo, afirmando também que sua equipe ficou responsável por desenhar uma solução específica para manutenção de equipamentos.
Ainda como parte da etapa de desenho do projeto, a companhia contratou a IBM para conduzir a gestão e a metodologia de implementação do novo sistema, o qual deve ser padronizado para todas as operações da Odebrecht no mundo.
Quanto às fases da iniciativa, Cumerlato conta que a empresa optou por, no primeiro momento, concentrar a migração nas operações do Brasil, as quais têm previsão de serem concluídas até setembro de 2010. Quanto aos demais países, a adoção deve começar pelos Estados Unidos, em fevereiro do próximo ano, e vai seguir um cronograma que segue até o final de 2011.
Uma das peculiaridades do projeto, cita o CIO, foi a decisão de não realizar qualquer customização na plataforma fornecida pela Oracle, com o intuito de reduzir os custos de manutenção e de atualização da solução. "Foi muito difícil, principalmente pelo fato de, anteriormente, trabalharmos com um sistema desenvolvido internamente e que atendia às demandas específicas do nosso negócio", conta o executivo, que acrescenta: "Mas fizemos isso para não ficarmos reféns do software e do fornecedor."
Segundo Cumerlato, desde o início da implementação do ERP, o comitê responsável pela aprovação do projeto já recebeu mais de 600 pedidos de customização. "Para solucionar isso, eu chamo os consultores e peço que eles encontrem formas de parametrizar o software já existente, sem customizá-lo", cita o executivo. "É óbvio que, com isso, algumas áreas vão perder funcionalidades em relação ao ERP anterior, mas, no geral, a empresa toda vai ganhar muito mais", detalha.
*Tatiana Americano viajou a convite da Oracle Brasil para o Oracle Open World 2009, em San Francisco==
Um comentário:
Ola Daniela !
Eu adicionei o seu blog no meu blog ok !
Rafael Rosa
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